“Pacientes 63”, uma série mais do que inovadora
- Cintia da Silva
- 23 de set. de 2021
- 2 min de leitura

Você já se perguntou como será o novo mundo? Tentou pensar adiante e só encontrou um limbo total e escuro? Mas e se o futuro estivesse sem sua frente? Materializado em um ser humano que ultrapassou os limites do tempo para poder evitar que algo terrível ocorresse no futuro? Não há a menor necessidade de ressaltar que durante os últimos meses, o mundo passou por mudanças que nos eram impensáveis até meados de 2020, e diante de um contexto tão inusitado, o Spotify, nossa amada plataforma voltada para o amantes de música e podcasts, presenteou seus assinantes com nada menos do que uma série! Sim, uma série. Que vamos conhecer agora.
Pacientes vem e vão nos consultórios psiquiátricos, presos em seus delírios e sonhos, nos quais ninguém pode entrar ou compreender. No entanto é se alguns desses pacientes não estivesse delirando? E se houvesse um propósito maior para ele nesse mundo, algo que nos escape da compreensão. É exatamente isso que o chamado “paciente 63” tenta provar para sua psiquiatra. Pedro não está delirando, ele apenas é um viajante do tempo tentando provar algo sem sentido.
A doutora Elisa assume o caso, gravando as sessões de terapia para fins de arquivo e estudo posterior, o objetivo é entender e tratar seu enigmático paciente como um lunático, ou o que quer que ele seja, entretanto conforme as consultas avançam, todas as convicções da psiquiatra passam a ser questionadas. Ela se envolve no caso com uma profundidade inaceitável para a relação profissional que deveria ter. Mas afinal, quem é aquele homem? Por que continua insistindo nas ideias absurdas de ser um viajante do tempo?
A série é original Spotify e conta com o protagonismo de Seu Jorge e Mel Lisboa, que encaram o desafio de construir personagens apenas com a voz de uma forma excepcional. Trazendo cerca de dez episódios curtos, a série é extremamente inovadora em todos os quesitos, proporcionando uma experiência única para seus ouvintes, que contam com a imaginação para desenhar os cenários de acordo com a descrição dada pelos personagens e sons de fundo.
A produção de Julio Rojas trás efeitos auditivos tão reais é interessantes que o ouvinte se pega imerso na história, parecendo conviver com os personagens, ouvindo através de uma parede ou nem isso. Além de que, o contexto abordado pela série nos é tão conhecido que causa arrepios. Por fim, a ficção científica usada com o propósito de criar um futuro distópico foi tão bem elaborada, casando com o contexto social atual que o ouvinte é incapaz de não se perguntar sobre a veracidade do que se narra.
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