Vingança sabor Cereja (Resenha sem spoiler)

Bizarro. Bizarro e mais bizarro. A nova série de horror da Netflix está causando arrepios em seus telespectadores, apesar da premissa simples, o contexto e aproveitamento das cenas torna a história muito mais profunda e nauseante. Poderia sugerir que pegue um balde de pipoca para acompanhar o lançamento de “Vingança sabor cereja”, mas talvez essa seja uma péssima ideia.

Chegando à plataforma numa sexta-feira 13 (o que parece muito justo) a minissérie trás a história de Lisa Nova, uma jovem cineasta que está a procura de um produtor que concretize seu sonho de levar para as telas a sua produção inédita. Após a reunião com o famoso Lou Burke, Lisa se vê diante da realização de seus desejos, mas as coisas nem sempre são o que parecem. Lou comete o erro de trair profissionalmente e assediar a cineasta. E as coisas começam a desandar drasticamente.

Lisa procura a bruxa Boró, pedindo-lhe ajuda para amaldiçoar seu ex companheiro de trabalho. Iniciada a maldição, Vingança sabor Cereja vira um delírio sangrento e nojento que pode causar as mais variadas sensações em quem acompanha o decorrer da série. Tudo no enredo é bizarro e inesperado, uma trama realmente original, desapegada da maioria dos padrões característicos das séries hollywoodianas.

Todo o contexto da série é inteligente, jogando com os telespectadores numa brincadeira que somente se percebe quando for tarde demais. Todos os episódios estão repletos de sinais quase imperceptíveis que se ligam à um fim próprio. O Diretor Matt Sobel conseguiu formar uma trama envolvente com elementos de horror realmente bons e realistas, o que é difícil de ser encontrado nas séries atuais.

Vale lembrar que pela realidade das cenas e conteúdo exibido, não se recomenda a série aos que não se sentirem a vontade com cenas de horror explícito, já que há momentos de close onde a repulsa será intensa. No mais, é uma série que vale muito a pena para os amantes do gênero.